sexta-feira, 13 de maio de 2011

Justiça Militar decreta prisão de 5 bombeiros líderes de greve no Rio

A juíza Ana Paula Monte Figueiredo Pena Barros decretou, nesta sexta-feira (13), a prisão de cinco bombeiros, que segundo a Justiça Militar, lideram a greve da corporação no Rio. Eles são acusados pela sub-corregedoria da corporação de incitar a prática de crimes militares, como descumprimento de missão, deserção e recusa de obediência.
Entre os bombeiros que tiveram a prisão preventiva decretada há um major, dois capitães, um sargento e um cabo.

Guarda-vidas
Segundo os autos do inquérito policial militar, os acusados, através de um movimento que, inicialmente, visava buscar por melhores condições de trabalho e melhorias salariais, passaram a promover o incitamento de outros militares, principalmente os bombeiros militares dos Grupamentos Marítimos, a cometerem diversos crimes militares.
“Os militares aderentes ao movimento vêm abandonando suas funções de defesa civil, deixando exposta a população carioca e seus visitantes, que, por exemplo, nas praias, como tem sido noticiado em toda a mídia, não têm contado com a imprescindível presença dos guarda-vidas do G-Mar, sujeitando a risco de morte os seus freqüentadores”, disse a magistrada.
A juíza afirmou que reconhece a legitimidade das reivindicações dos militares, que pedem por condições de trabalho dignas e aumento de salários, mas ressaltou que tal fato não pode se sobrepor à vida do cidadão.

Governador critica greve
O governador do Rio, Sérgio Cabral criticou a manifestação dos bombeiros realizada na quinta-feira (11). Segundo Cabral, o comando da corporação acompanha os protestos e pode haver punições. O governador afirmou que os protestos seriam liderados por um militar que já trabalhou com um político e classificou a manifestação de "ato político".
"Meia-dúzia de 30 pessoas estavam impedindo que milhares de pessoas se locomovessem, impedindo a mobilidade dessas pessoas. O comando está identificando quem são os líderes, porque quando você abandona o seu trabalho para fazer esse tipo de prática, está, primeiro, desrespeitando o regimento da corporação. Isso está sendo cuidado pelo secretário e o comandante do Corpo de Bombeiros. Agora, infelizmente tem um incitamento por trás. Temos informações de político estimulando, pagando ônibus, pagando coisas. É lamentável", disse.


Reivindicações
Na quinta (12), eles fizeram um novo protesto pelo terceiro dia consecutivo e fecharam a Rua 1º de Março. Depois, seguiram até a Candelária, ocupando as esquinas das avenidas Presidente Vargas e Rio Branco.
Entre as reivindicações do grupo, estão cancelamentos de inquéritos abertos contra manifestantes, auxílio transporte para os bombeiros militares e melhores condições de trabalho.
Eles pedem ainda aumento do piso salarial de R$ 950 para R$ 2 mil no lugar de gratificações e que seja reconsiderada a decisão do comando geral que, segundo os manifestantes, teria transferido 36 servidores, como retaliação, por participarem dos atos de protesto.

FONTE: G1.

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