sexta-feira, 4 de novembro de 2011

CCJ da Câmara discute conceder anistia a réus no caso mensalão

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), principal colegiado temático da Câmara Federal, discute projeto que pode conceder anistia aos deputados cassados no escândalo do mensalão, descoberto em 2005. Curiosamente, o presidente da CCJ e responsável por definir a pauta é o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), um dos réus no processo sobre o tema que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). Conforme recorda matéria do jornal O Estado de S. Paulo, Cunha foi absolvido pelos colegas em 2006. A proposta, de autoria do ex-deputado Ernandes Amorim (PTB-RO), beneficiaria José Dirceu (PT-SP), Roberto Jefferson (PTB-RJ) e Pedro Corrêa (PP-SP) – os três foram cassados e também são réus no processo do STF. Se aprovada a anistia, eles poderiam disputar a eleição em 2010. A justificativa para a proposta é a de que, se a maioria foi absolvida, não se justificaria “a manutenção da pena de inelegibilidade apenas para os três parlamentares cassados em plenário, designados arbitrariamente para expiar a culpa de grande parte dos parlamentares". As informações são do Bahia Notícias.

Blog do IGOR: a cada dia o brasileiro fica, ainda mais, desacreditado com o político brasileiro. No caso do mensalão, nome sofisticado para não chamar os senhores do poder de "ladrão", os envolvidos no máximo tiveram os direitos políticos cassados. Mesmo assim, agora, querem anistiá-los. Porque os senhores deputados, não procuram fazer com que as leis em nosso país sejam cumpridas. Por exemplo, aqui no estado da Bahia os praças da Polícia Militar passam em média de 25 à 27 anos para serem promovidos, um verdadeiro absurdo que rasga o estatuto da classe. Um outro exemplo é a anistia regulamentada no governo Lula concedida a policiais que participaram de movimentos grevistas no país. Por aqui o governo Wagner descumpre essa lei e não concede o direito de reintegração do Soldado Prisco. Agora, os senhores deputados vem falando em anistia para eles próprios. Isso é uma vergonha!

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