quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Senado tem a polícia mais cara do Brasil


Enquanto em vários estados há policiais militares e civis pressionando governadores por salários mais condizentes com os riscos que enfrentam, em pelo menos um lugar do país não existe um agente sequer na busca por melhorias: no Senado Federal. Para proteger parlamentares e garantir a segurança da Casa sem dar um tiro sequer, o salário inicial dos policiais da Casa é R$ 13,8 mil, além de uma série de benefícios.
 
A estrutura contrasta com a realidade do país, onde faltam melhores salários, carros e armas para s policiais militares. Em alguns estados, a diferença entre o salário dos policiais e o dos agentes do Senado chega a ser dez vezes maior. Em razão dessa desigualdade salarial, vários estads sofreram com greves de políciais. Os casos mais recentes são o da Bahia, cuja greve terminou no último sábado (11), e do Rio de Janeiro, encerrada na segunda-feira (13).

Para guardar os senadores há 120 agentes, além de mais 250 funcionários da parte administrativa da polícia legislativa. A principal função deles é checar crachás, impedir a entrada de descredenciados e conter manifestantes. Os agentes são autorizados a portar armas letais, embora não as tenham usado nas últimas décadas. O custo da operação toda chega perto dos R$ 30 milhões. 
 
No Senado, até os terceirizados, que trabalham nas portarias, ganham mais: eles têm vencimentos de cerca de R$ 3.500 por mês. Também no Distrito Federal está o salário mais bem pago aos policiais militares: R$ 4.600.
 
Os senadores, assim como os deputados, fazem parte de um bloco de resistência à PEC 300 (Proposta de Emenda à Constituição), que trata do estabelecimento de um piso nacional para os policiais. O temor é de que um aumento nesses vencimentos onere os estados para além dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal.
 
A presidente Dilma Rousseff tampouco é simpática a essa medida, ainda em análise no Congresso. Os governadores pedem a criação de um fundo de até R$ 1 bilhão em contrapartidas do Palácio do Planalto para aplicar o piso nacional para policiais militares e civis, além dos bombeiros. O temor do governo federal é de que, além das contrapartidas, haja necessidade de arcar com um reajuste também para os militares.

Informações Uol

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