“O PSF está esquecido, não tem nada. Viemos aqui reclamar, porque quando levamos o problema até a imprensa, a solução chega. Hoje viemos buscar atendimento e o posto não tem nada”, afirmou a moradora Marlene Pereira.
Outra moradora, que não quis se identificar, contou que um novo posto de saúde estava sendo construído na gestão passada para aumentar o atendimento, mas que agora está parado. “A obra está abandonada e serve de ponto de drogas. Há cerca de seis meses que não tem médico aqui. Nem material tem para os profissionais trabalharem”, ressaltou.
A chefe da Divisão da Atenção Básica, Valdenice Rodrigues, reconheceu os problemas citados pelos moradores e disse ter conhecimento da situação, pois participou de uma reunião no bairro. Ela disse que conversou com os moradores do bairro Asa Branca e explicou que a prefeitura está fazendo uma licitação para comprar materiais, como cadeiras, para todas as unidades de saúde.
“Percebemos que os médicos estão se profissionalizando e preferindo os grandes centros, por isso essa carência. O Ministério da Saúde, inclusive, lançou um projeto de valorização do profissional para eles irem trabalhar nas cidades do interior”, explicou, acrescentando que com a falta desses profissionais, os moradores estão sendo atendidos no bairro Pampalona.
Apesar da falta de médicos, Valdenice afirmou que a equipe do PSF continua atendendo, realizando procedimentos como planejamento familiar, vacinação, curativos, nebulizações, pré-natal, consultas de enfermagem, entre outros.
Valdenice informou que cerca de 10 unidades estão com problemas de falta de médicos, em Feira de Santana, e que 74 médicos estão atendendo nos PSFs da cidade, porém ela reconhece que o número não é suficiente, pois são 86 equipes.
Sobre a obra parada, denunciada por uma moradora, a chefe da Divisão explicou que uma avaliação está sendo feita no local para que seja reiniciada.
As informações são do Acorda Cidade/Fotos: Ed Santos
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