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domingo, 27 de outubro de 2013

“Preconceito contra Bolsa Família é fruto da imensa cultura do desprezo”, diz pesquisadora.

Com Isadora Peron
O Programa Bolsa Família fez 10 anos no domingo, dia 20. Quando foi lançado, no primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, atendia 3,6 milhões de famílias, com cerca de R$ 74 mensais, em média. Hoje se estende a 13,8 milhões de famílias e o valor médio do benefício é de R$ 152. No conjunto, beneficia cerca de 50 milhões de brasileiros e é considerado barato por especialistas: custa menos de 0,5% do PIB.
Para avaliar os impactos desse programa a socióloga Walquiria Leão Rego e o filósofo italiano Alessandro Pinzani realizaram um exaustivo trabalho de pesquisa, que se estendeu de 2006 a 2011. Ouviram mais de 150 mulheres beneficiadas pelo programa, localizadas em lugares remotos e frequentemente esquecidos, como o Vale do Jequitinhonha, no interior de Minas.
O resultado da pesquisa está no livro Vozes do Bolsa Família, lançado há pouco. Segundo as conclusões de seus autores, o incômodo e as manifestações contrárias que o programa desperta em alguns setores não têm razões objetivas. Seria resultado do preconceito e de uma cultura de desprezo pelos mais pobres.
Os pesquisadores também rebatem a ideia de que o benefício acomoda as pessoas. “O ser humano é desejante. Eles querem mais da vida como qualquer pessoa”, diz Walquiria, que é professora de Teoria da Cidadania na Unicamp.
Na entrevista abaixo – concedida à repórter Isadora Peron – ela fala desta e de outras conclusões do trabalho.
Como surgiu a ideia da pesquisa?
Quando vimos a dimensão que o programa estava tomando, atendendo milhões de famílias, percebemos que teria impacto na sociedade. Nosso objetivo foi avaliar esse impacto. Uma vez que o programa determina que a titularidade do benefício cabe às mulheres, era preciso conhecê-las. Então resolvemos ouvir mulheres muito pobres, que continuam muito pobres, em regiões tradicionalmente desassistidas pelo Estado, como o Vale do Jequitinhonha, o interior do Maranhão, do Piauí…
E quais foram os impactos que perceberam?
Toda a sociologia do dinheiro mostra que sempre houve muita resistência, inclusive das associações de caridade, em dar dinheiro aos pobres. É mais ou menos aquele discurso: “Eles não sabem gastar, vão comprar bobagem.” Então é melhor que nós, os esclarecidos, façamos uma cesta básica, onde vamos colocar a quantidade certa de proteínas, de carboidratos… Essa resistência em dar dinheiro ao pobres acontecia porque as autoridades intuíam que o dinheiro proporcionaria uma experiência de maior liberdade pessoal. Nós pudemos constatar na prática, a partir das falas das mulheres. Uma ou duas delas até usaram a palavra liberdade. “Eu acho que o Bolsa Família me deu mais liberdade”, disseram. E isso é tão óbvio. Quando você dá uma cesta básica, ou um vale, como gostavam de fazer as instituições de caridade do século 19, você está determinando o que as pessoas vão comer. Não dá chance de pessoas experimentarem coisas. Nenhuma autonomia.
Está dizendo que essas pessoas ganharam liberdade?
Estamos tratando de pessoas muito pobres, muito destituídas, secularmente abandonadas pelo Estado. Quando falamos em mais autonomia, liberdade, independência, estamos nos referindo à situação anterior delas, que era de passar fome. O que significa dizer de uma pessoa que está na linha extrema de pobreza e que continua pobre ganhou mais liberdade? Significa que ganhou espaços maiores de liberdade ao receber o benefício em dinheiro. É muito forte dizer que ganhou independência financeira. Independência financeira temos nós – e olhe lá.
O que essa liberdade significou na prática, no cotidiano das pessoas?
Proporcionou a possibilidade de escolher. Essa gente não conhecia essa experiência. Escolher é um dos fundamentos de qualquer sociedade democrática. Que escolhas elas fazem? Elas descobriram, por exemplo, que podem substituir arroz por macarrão. No Nordeste, em 2006 e 2007, estava na moda o macarrão de pacote. Antes, havia macarrão vendido avulso. O empacotamento dava um outro caráter para o macarrão. Mais valor. Elas puderam experimentar outros sabores, descobriram a salsicha, o iogurte. E aprenderam a fazer cálculos. Uma delas me disse: “Ixe, no começo, gastei tudo na primeira semana”. Depois aprendeu que não podia gastar tudo de uma vez.
A que atribui a resistência de determinados setores da sociedade ao pagamento do benefício?
O Bolsa Família é um programa barato, mas como incomoda a classe média (ela ri). Esse incômodo vem do preconceito.
Fala-se que acomoda os pobres.
Como acomoda? O ser humano é desejante. Eles querem mais da vida, como qualquer pessoa. Quem diz isso falsifica a história. Não há acomodação alguma. Os maridos dessas mulheres normalmente estavam desempregados. Ao perguntar a um deles quando tinha sido a última vez que tinha trabalhado, ele respondeu: “Faz uns dois meses, eu colhi feijão”. Perguntei quanto ele ganhava colhendo feijão. Disse que dependia, que às vezes ganhava 20, 15, 10 reais. Fizemos as contas e vimos que ganhava menos num mês do que o Bolsa Família pagava. Por que ele tem que se sujeitar a isso, praticamente à semiescravidão? Esses estereótipos tem que ser desfeitos no Brasil, para que se tenha uma sociedade mais solidária, mais democrática. É preciso desfazer essa imensa cultura do desprezo.
No livro a senhora diz que essas mulheres veem o benefício como um favor do governo.
Sim, de 70% a 80% ainda veem o Bolsa Família como um favor. Encontramos poucas mulheres que achavam que é um direito. Isso se explica porque temos uma jovem democracia. A cultura dos direitos chegou muito tarde ao Brasil. Imagino que daqui para a frente a ideia de que elas têm direito vai ser mais reforçada. Para isso precisamos, porém, de políticas públicas específicas. Seriam um segundo, um terceiro passo… Os desafios a partir de agora são muito grandes.
Qual é a sua avaliação geral do programa?
Acho que o Bolsa Família foi uma das coisas mais importantes que aconteceram no Brasil nos últimos anos. Tornou visíveis cerca de 50 milhões de pessoas, tornou-os mais cidadãos. Essa talvez seja a maior conquista.
Entre as mulheres que ouviu, alguma foi mais marcante para a senhora?
Uma das mais marcantes foi uma jovem no sertão do Piauí. Ela me disse: “Essa foi a primeira vez que a minha pessoa foi enxergada”. Tinha uma outra, do Vale do Jequitinhonha, que morava num casebre, sozinha com três filhos. Quando começou a contar a história dela, perguntei qual era a sua idade, porque parecia que já tinha vivido muita coisa. Ela respondeu: “29 anos”. E eu: “Mas só 29?” Ela: “Mas, dona, a minha vida é comprida, muito comprida.” Percebi que falar que “a minha vida é muito comprida” é quase sinônimo de “é muito sofrida”.
Fonte: Estadão

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Doença misteriosa faz mulher 'chorar pedras' há 19 anos em Lins, SP


Uma professora de Lins (SP) sofre com uma doença misteriosa que deixa o olho inchado e muito vermelho. Há 19 anos, uma membrana branca sai do olho direito de Laura Ponci e, momentaneamente, o incômodo e a vermelhidão vão embora. Segundo a mulher, até dormindo a membrana “pula” do olho e desde a primeira vez que aconteceu o caso, já foram mais de 30 médicos consultados e somente diagnósticos desencontrados.

Fonte: G1/SP

Leia mais sobre o assunto: http://g1.globo.com/sp/bauru-marilia/noticia/2013/07/doenca-misteriosa-faz-mulher-chorar-pedras-ha-19-anos-em-lins-sp.html

Lei Maria da Penha completa sete anos


Nesta quarta-feira (7) a Lei 11.340/2006, conhecida como “Lei Maria da Penha”, completa sete anos de sancionada. A proposição pune a violência doméstica e familiar contra a mulher e recebeu este nome como forma de homenagear a pessoa símbolo da luta contra a violência familiar e doméstica. Maria da Penha Fernandes(foto), foi vítima de duas tentativas de homicídio por parte do ex-marido e ficou paraplégica. A punição do agressor só veio após 19 anos.

domingo, 4 de agosto de 2013

Desigualdade de renda cai em 80% dos municípios do Brasil em uma década

De 2000 a 2010 aconteceu algo inédito no Brasil: em 80% dos municípios, a desigualdade de renda entre seus habitantes diminuiu. O fato é ainda mais relevante porque reverteu uma tendência histórica. Na década anterior, a desigualdade medida pelo índice de Gini aumentara em 58% das cidades brasileiras.

Para quem é contra o Bolsa Família, ta aí o resultado!

Fonte: Estadão

quarta-feira, 31 de julho de 2013

E ainda dizem que não faltam médicos


Localizada na Serra Gaúcha, a cidade de Carlos Barbosa é a segunda melhor no Brasil em distribuição de renda e tem o 23º maior PIB per capita do Rio Grande do Sul. Com 25 mil habitantes, o município tem um centro de saúde, inaugurado em dezembro de 2004, e cinco unidades para atender a população. A prefeitura oferece exames laboratoriais, de raio-X, tomografias, mamografias, ecografias, endoscopias, colonoscopias, eletrocardiogramas, ressonâncias magnéticas, ecocardiogramas. Os médicos recebem salário de R$ 4.630,31 (20 horas semanas) e R$ 9.260,61 (40 horas), além de um adicional de insalubridade de R$ 529,55. Mesmo assim, faltam médicos para atender a população. 

Fonte: ISTOÉ (http://www.istoe.com.br/reportagens/316631_CIDADE+DO+RS+OFERECE+ESTRUTURA+E+R+10+MIL+POR+MES+MAS+FALTAM+MEDICOS?pathImagens=&path=&actualArea=internalPage

segunda-feira, 29 de julho de 2013

'Jovem que não protesta não me agrada' diz Papa em entrevista


Em entrevista aos repórteres Gérson Camarotti, da GloboNews, e Fellipe Awi, da TV Globo, exibida na noite deste domingo, o Papa Francisco disse que "jovem que não protesta não me agrada", em referência às manifestações que têm ocorrido no Brasil nos últimos tempos. Ao ser perguntado sobre o que diria aos jovens que fazem reivindicações nas ruas, o Papa reconheceu que não conhece profundamente os motivos dos movimentos, mas lembrou que "o jovem é, essencialmente, inconformista".

Fonte: O Globo

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Dentro de presídio no AM, presa posta no Facebook: 'cadeia é faculdade'


Detentas da Cadeia Pública Raimundo Vidal Pessoa, no Centro de Manaus, foram flagradas publicando fotos no Facebook. Em algumas publicações, uma presa se refere à Vidal Pessoa como "faculdade". A Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejus), que investiga as publicações, limitou-se a confirmar que uma das internas da cadeia tem se comunicado com amigos e parentes por meio da rede social. O órgão declarou que não vai se manifestar sobre o novo caso até a conclusão da sindicância. Em uma das imagens postadas, mostra internas jogando dominó. "As coleguinha so dominó na facudade (sic)", disse a detenta, na legenda.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

DOMINGUINHOS MORRE AOS 72 ANOS EM HOSPITAL DE SÃO PAULO


O músico Dominguinhos morreu nesta terça-feira (23), aos 72 anos, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Ele lutava havia seis anos contra um câncer de pulmão. De acordo com o hospital, o músico morreu às 18h em decorrência de complicações infecciosas e cardíacas.

Considerado o sanfoneiro mais importante do país e herdeiro artístico de Luiz Gonzaga (1912-1989), José Domingos de Morais nasceu em Garanhuns, no agreste de Pernambuco. Conheceu Luiz Gonzaga com 8 anos. Aos 13 anos, morando no Rio, ganhou a primeira sanfona do Rei do Baião, que três anos mais tarde o consagrou como herdeiro artístico.


quarta-feira, 3 de julho de 2013

Autoajuda: Felipão entregou carta a jogadores antes da decisão


"Nossos sonhos podem se transformar em realidades e os desejarmos a ponto de correr atrás deles". A frase é de Walt Disney, mas foi usada apropriadamente pelo técnico Luiz Felipe Scolari antes da final da Copa das Confederações, contra a Espanha - campeã mundial, bicampeã do mundo, 29 partidas de invencibilidade até então.
Na manhã da partida, cada um dos 23 jogadores da Seleção Brasileira recebeu por baixo da porta do quarto uma carta de duas páginas em que o técnico citava a importância do que estava por vir. "Se não puder voar, corra. Se não puder correr, ande. Se não puder andar, rasteje. Mas continue em frente de qualquer jeito", diz outro trecho da carta, citando o líder americano Martin Luther King. A existência do texto foi revelada pelo jornal carioca Extra.

No melhor estilo autoajuda, a palavra ‘vencer’ e suas variações aparecem oito vezes na carta. "Vencer a Copa das Confederações possibilitará sermos vistos dentro de uma perspectiva diferente para a disputa e conquista da Copa do Mundo em 2014", diz outra passagem.
Fonte: Correio 24 horas

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Ministério da Justiça abre processo contra Telexfree por indícios de pirâmide financeira

Foto/Reprodução do Site da TelexFree, que se apresenta como fornecedora de serviços de voz
O Ministério da Justiça abriu processo administrativo nesta sexta-feira (28) contra a empresa Telexfree, nome fantasia da Ympactus Comercial Limitada, por indícios de formação de pirâmide financeira.

A empresa, que tem sede no Espírito Santo, mas atuava pela internet, terá agora dez dias para apresentar sua defesa e poderá ser multada em até R$ 6 milhões caso fique comprovada a fraude.

A Telexfree se apresenta em seu site como fornecedora de serviços de voz. Mas faz propaganda de enriquecimento fácil a quem se torna "divulgador" dos serviços da empresa.

O trabalho oferecido pela TelexFree consiste em espalhar anúncios pela internet. Para participar, contudo, o colaborador tem de pagar uma taxa de adesão e comprar um "kit" que o habilita à função.

A empresa oferece ainda o pagamento de comissão a quem trouxer mais membros.

A Telexfree está proibida de aceitar novos colaboradores desde junho por determinação da 2ª Vara Cível de Rio Branco, sob pena de multa de R$ 100 mil a cada nova adesão. O caso chegou à Justiça após ação do Ministério Público do Acre. Uma mensagem no site alerta o internauta sobre a decisão judicial.

A Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor), vinculada ao Ministério da Justiça, iniciou investigação sobre o caso em março deste ano após receber denúncias de diversos Procons e do Ministério Público do Acre.

"A prática de esquemas de pirâmides, além de crime, acarreta danos irreparáveis aos consumidores. As empresas que incorrerem nessas práticas também serão sancionadas com base no Código de Defesa do Consumidor", alertou Amaury Oliva, diretor do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, da Senacon. 

Fonte: Folha de São Paulo/UOL

Cada fardão da ABL custa R$ 70 mil a prefeituras


O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pode ser eleito nesta quinta-feira (27) para ocupar a cadeira deixada pelo jornalista João de Scantimburgo (1915-2013) na ABL (Academia Brasileira de Letras). Caso a indicação se confirme, ele será o segundo carioca eleito, e a Prefeitura do Rio de Janeiro poderá ter que desembolsar mais R$ 70 mil para custear o fardão, roupa tradicional usada pelos 'imortais' durante as sessões. O município já pagou a roupa de Rosiska Darcy de Oliveira, empossada este mês.

A roupa é feita de sarja inglesa na cor verde escura e tem ramos da café bordados com fios de ouro, o que justifica parte do alto custo da vestimenta. A sessão na qual FHC poderá ser eleito será realizada na tarde de hoje. 

Fonte: UOL

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Perfil dos manifestantes do Brasil


Organização pelas redes sociais
Levantamento realizado pelo 
IBOPE revela que 46% das pessoas que estavam nas passeatas de sábado nunca tinham participado de uma manifestação de rua. 78% disseram que se organizaram pelas redes sociais. 75% dos entrevistados disseram que também usaram as redes sociais para convidar amigos para as manifestações.

Posição Política: sem partido 
83% dos entrevistados não se sentem representados por políticos e 89%, por partidos; 96% não são filiados a partidos políticos e 61% se declararam muito interessados por política. 
Violência policial
Para 67% dos entrevistados, a polícia agiu de forma muito violenta; 24% afirmam que foi violenta, mas sem exageros; 15%, que a polícia agiu sem violência.
Motivação: tarifa do transporte e corrupção
28% responderam que participaram dos protestos para barrar o aumento da tarifa, 24% em razão da corrupção, 12% para exigir melhorias na saúde, 6% para barrar a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 37 - que delimita a atuação do Ministério Público - e 5% para criticar gastos com a Copa do Mundo e para exigir investimentos em educação.

Fonte: Papo de PM

quarta-feira, 19 de junho de 2013

quinta-feira, 14 de março de 2013

MINISTÉRIO DA FAZENDA EMITE NOTA SOBRE AS ATIVIDADES DA TELEXFREE

Confiram na íntegra a Nota de Esclarecimento. Vamos ver agora quem está com a verdade, o jornalista Luis Nassif ou a TelexFree.


NOTA DE ESCLARECIMENTO SOBRE AS ATIVIDADES DA TELEXFREE


A Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda (Seae/MF) vem a público prestar os seguintes esclarecimentos sobre as atividades da empresa Ympactus Comercial Ltda. ME, conhecida pelo nome fantasia de Telexfree:
  
     1.    As operações da referida empresa NÃO configuram captação antecipada de poupança popular, que é modalidade descrita no art. 7º da Lei nº 5.768/71 e cuja autorização e fiscalização competem à Seae/MF. Desta forma, NÃO cabe à Seae autorizar nem fiscalizar as atividades da Telexfree em território nacional.
     2.    A descrição das atividades econômicas principal e secundária da empresa não a autorizam praticar atividades de comércio.
     3.    Não foi comprovada a parceria entre a Telexfree e operadoras de telefonia móvel ou fixa, o que seria necessário para garantir a prestação do serviço de VoIP (voice over IP), conforme ofertado pela empresa.
     4.    Com base nas informações prestadas pela empresa, a Seae/MF concluiu que estão presentes indícios de duas possíveis irregularidades na relação comercial entre a Telexfree e os divulgadores membros da rede da organização: i. o estímulo à economia informal e ii. a exigência de exercício de duas atividades laborais (como divulgador e como comerciante) para o recebimento de apenas uma.
     5.    A oferta de ganhos altos e rápidos proporcionados principalmente pelo recrutamento de novos entrantes para a rede, o pagamento de comissões excessivas, acima das receitas advindas de vendas de bens reais e a não sustentabilidade do modelo de negócio desenvolvido pela organização sugerem um esquema de pirâmide financeira, o que é crime contra a economia popular, tipificado no inciso IX, art. 2º, da Lei 1.521/51.
   
Ante o exposto, a Seae/MF encaminhará suas conclusões sobre a questão, contidas na Nota Técnica nº 25 COGAP/SEAE/MF, e o Parecer PGFN/CAF nº 422/2013 ao Departamento de Polícia Federal e à 3ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal, para que aqueles órgãos, caso entendam necessário, promovam as devidas investigações sobre o caso.
   
Secretaria de Acompanhamento Econômico
Ministério da Fazenda
Fonte: http://www.seae.fazenda.gov.br/destaque/nota-de-esclarecimento-sobre-as-atividades-da-telexfree

terça-feira, 12 de março de 2013

O fim do golpe da TelexFree



Autor: 
 
Coluna Econômica
Ontem à tarde, através de sua página no Facebook, a empresa TelexFree deu ordem de debandada a seus divulgadores. Meia hora antes, em meu Blog, publiquei um pequeno organograma, com vários sites que faziam parte do esquema.
Foi o fim de cinco dias de luta surda, na qual meu Blog foi derrubado dezenas de vezes pela quadrilha, para impedir de veicular detalhes da denúncia.
À tardinha, a Secretaria Especial de Acompanhamento Econômico (SEAE) do Ministério da Fazenda informou que estava aguardando apenas um parecer da Procuradoria da Fazenda para acionar a Polícia Federal e o Ministério Público.
***
Chega ao fim o mais atrevido golpe já perpetrado contra o consumidor brasileiro. Durante um ano, o esquema TelexFree envolveu um milhão de pessoas e movimentou mais de R$ 300 milhões através de uma versão online do velho golpe da pirâmide.
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O esquema surgiu inicialmente em 2009, montado pelo aventureiro capixaba Carlos Wenzeler, através de um site denominado de Disk à Vontade.
Para entrar no jogo, a pessoa tinha que pagar de US$ 200 a US$ 1.000 dólares. Depois, colocar publicidade em sites de Internet dos serviços de VoIP (telefonia pela Internet) da TelexFree. Por cada publicidade colocada, a pessoa receberia US$ 20.
Acontece que toda a remuneração dos primeiros da fila era bancada pelos últimos que entravam – como em toda pirâmide, levando ao estouro da boiada depois de algum tempo.
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A versão inicial do golpe demorou um pouco a decolar devido à falta de confiabilidade na empresa.
Aí Wenzeler deu o segundo passo. Foi até os Estados Unidos, localizou uma pequena empresa de VoIP e tornou-se sócio dela. A empresa tinha um pequeno escritório virtual em um grande prédio de Massachusetts. No site da TelexFree o prédio era apresentado como se fosse totalmente da empresa. E o sócio norte-americano como se fosse um gênio do marketing.
A publicidade da TelexFree ganhou impulso quando passou a veicular que a TelexFree americana era uma multinacional que existia desde 2002.
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O passo seguinte foi arregimentar uma verdadeira quadrilha de oportunistas, espalhada por todo o país. Essas sub-quadrilhas montaram sites usando o nome da TelexFree na URL (o endereço da Internet). E inundaram o Youtube com vídeos vendendo as maravilhas do enriquecimento fácil.
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Nos próximos dias a Polícia Federal entrará em cena, prendendo parte da quadrilha. A grande questão que se levanta é o fato da quadrilha ter agido por tanto tempo sem ser incomodada.
Os Procons do Acre e do Mato Grosso solicitaram informações à SEAE. Houve dificuldade em qualificar a natureza do crime. Por outro lado, não se sabia se a repressão deveria partir de Ministérios Públicos estaduais ou do Federal; se da Polícia Civil dos estados ou da Polícia Federal.
A cada dia que passava, mais consumidores eram prejudicados. Pululavam depoimentos de pessoas que chegaram a vender a casa para entrar no negócio.
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Na semana passada, a presidente Dilma Rousseff anunciou que o governo daria toda ênfase à defesa do consumidor.
O primeiro passo é aparelhar o Estado de ferramentas legais para coibir os velhos crimes que adquirem feição nova através de novas tecnologias.
Fonte: http://www.advivo.com.br/node/1301895

Telexfree vira febre, mas metade de município baiano já caiu no esquema em 2009

Empresa americana fundada em 2002, a Telexfree tem se tornado uma febre por prometer enriquecimento rápido para os que se associarem, fizerem publicidade e prospectarem novos “divulgadores” para a marca. No entanto, órgãos públicos desconfiaram que se tratava do esquema de pirâmide e a Telexfree tornou-se alvo de investigações pelos Ministérios Públicos de quatro Estados (AC, BA, ES e MT), além do Procon-PE. Esse método consiste em um negócio que oferece chances milagrosas de lucro – desde que o interessado invista uma quantia no empreendimento e traga outras pessoas para participar. O sistema é considerado insustentável e funciona à base de novos investidores. Os primeiros envolvidos investem e conseguem lucrar ao recrutar outros participantes. No entanto, quanto maior o alcance da pirâmide, menos sustentável ela fica, pois depende dos investimentos posteriores. Sem novos investimentos, a grande parcela dos envolvidos fica no prejuízo. Apesar de a Telexfree ser novidade, quase metade da população do município de Maragojipe, no Recôncavo Baiano, já foi prejudicada em 2009 com o sistema de pirâmide, na época chamado de Caixa Cooperativa.
Fonte: http://www.bahianoticias.com.br/principal/noticia/132963-telexfree-vira-febre-mas-metade-de-municipio-baiano-ja-caiu-no-esquema-em-2009.html

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Conta de luz cairá 16,7%, abaixo da promessa do governo

A conta de luz dos brasileiros cairá 16,7%, na média, em 2013. O valor é abaixo da promessa feita pela presidente Dilma Rousseff, diante da adesão parcial de empresas elétricas à renovação antecipada e condicionada de concessões do setor. O revés ao plano do governo federal veio das estatais estaduais Cesp, Cemig e Copel, que optaram por não prorrogar os contratos de suas hidrelétricas nos moldes propostos pela União, que prevê redução em torno de 70% da tarifa. Sem a adesão das elétricas estatais de São Paulo, Minas Gerais e Paraná – administrados pelo PSDB, principal partido da oposição ao governo federal – a redução na conta de luz será inferior aos 20% anunciados por Dilma em meados de setembro. O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, disse em entrevista coletiva nesta terça-feira (4) que a opção de Cesp, Cemig e Copel penaliza também a população desses Estados, e que as companhias olharam apenas para o curto prazo. Já o secretário de Energia de São Paulo, José Aníbal, negou que exista guerra do governo paulista com o federal e afirmou que a Cesp tomou uma decisão empresarial. Cemig e Copel prorrogaram os contratos de transmissão de energia. O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hubner, disse que a queda na conta de energia elétrica de 16,7% será sentida pelos consumidores em março do ano que vem. (Bahia Notícias)