segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Agentes Penitenciário fazem protesto contra superlotação do presídio de Feira


Na manhã desta segunda-feira (31), agentes penitenciários do Conjunto Penal de Feira de Santana barraram a entrada de oito presos, que estavam sendo encaminhados por policiais civis da 2ª Delegacia e da Coordenadoria. Uma decisão judicial, arbitrada pela Vara de Execuções Penais, interditou a carceragem do Complexo Policial Investigador Bandeira, proibindo as reclusões no local.
Os agentes penitenciários realizaram uma manifestação no Conjunto Penal, para que a Justiça reavaliasse a interdição da carceragem do Complexo Policial. A manifestação contou com 60% dos agentes, no total de 58. A tarde aconteceu uma assembléia entre os agentes e decidiram manter a paralisação e a proibição de entradas de novos presos.

“Bomba relógio”- Após decisão judicial o presídio virou uma “Bomba relógio”. Esse é o clamor
geral entre os agentes penitenciários do presídio feirense. Eles reclamam sobre a superlotação carcerária da unidade e das conseqüências da determinação da Vara de Execuções Penais, onde os presos em flagrantes são encaminhados para o presídio.

Edson das Virgens, presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Feira de Santana afirmou que há muito tempo as autoridades foram alertadas acerca da superpopulação carcerária de Feira de Santana e região. “Com a reforma de quatro pavilhões, os presos serão colocados juntos, ou seja, no mesmo pavilhão. Vai acontecer outra superlotação, o que preocupa os agentes, que são 58, sendo que 14 por turno. Os presos fabricam armas artesanais e a vida destes profissionais e dos próprios presos estarão em risco”, denuncia.

O diretor do Presídio, Edmundo Dumet, afirmou que no momento, a capacidade de presos no conjunto penal é de 340, mas está com 900. “Estamos preocupados, já que não tem para onde encaminhar os presos dos quatro pavilhões que serão reformados, vamos ter que colocar todos juntos, onde deveria caber 150, estará com 900. Todos sabem que existem grupos rivais dentro de uma instituição carcerária, e ai todos vão ficar juntos, aqui vai virar uma grande Bomba relógio”, concordou o diretor.
Edmundo explicou que depois da reforma, e da construção de novos pavilhões, a capacidade vai passar de 340 para 1.250 presos. Com informações do site Bom dia Feira. Foto: Gleidson Santos.

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